domingo, 20 de dezembro de 2009

Espírito Natalício Felino

Dia 23 de manhã vou ver gatinhos ao gatil (finalmente!)

E mesmo que nenhum gato me escolha para dona (sim, são os gatos que escolhem os donos), pelo menos levo algumas latinhas de comida e guloseimas de gato para deixar lá.

Afinal, os animais também têm direito ao Natal.

Isto sim… é que é uma parte do verdadeiro espírito natalício… pelo menos para mim:)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Natal sem prendas? Oh que chatice!...

Daqui a pouco mais de uma semana chega o Natal. O tempo passa depressa e mal se nota… Por mim, que sou um pouco radical nesse aspecto, o Natal vale o que vale e por isso bem podia passar directamente de 23 para 26 de Dezembro que não me aborrecia rigorosamente nada.

Não é que não goste do Natal. Hoje em dia (porque tive Natais que não foram assim), aprecio sobretudo a paz, o sossego e a refeição passada em família, no quentinho do lar e com a minha gatinha ao colo. É quanto me basta para ter uma consoada não perfeita, mas próxima de um momento feliz.

O que me aborrece de morte e muitas vezes deixa-me verdadeiramente mal disposta é a obrigação que se instituiu de oferecer prendas a toda a gente. Gosto de dar prendas e de as receber, claro! Adoro que se lembrem de mim e me ofereçam um pequeno mimo de vez em quando. Mas sei – e isso para mim é que é importante – que o valor da prenda muitas vezes não está no que se dá mas em quem a oferta.

Este ano, no meu aniversário, um grupo de amigos chegados ofereceu-me uma moldura digital. A prenda em si é bonita e desconfio que não foi propriamente barata, mas o que lhe deu verdadeiramente valor foram as fotografias que lá colocaram e o facto de todos juntos revivermos alguns dos muito bons momentos que já tivemos todos juntos e que aquelas fotografias nos fizeram recordar. Mas se nada me tivessem dado… qual seria o problema? Não deixavam de ser meus amigos por causa disso e o que me faz realmente falta é a amizade deles.

Sempre que chego ao Natal, todos os anos interrogo-me todos os sobre o mesmo: deixa de ser Natal se não houver prendas? Compreendo que para as crianças, sim… Natal sem prendas para elas não tem grande piada. Mas então ofereça-se às crianças… Aos adultos (que supostamente já passaram essa fase e até já têm experiência de vida suficiente para saber que as prendas que toda a gente gostaria de ter infelizmente não se compram) limitem-se a apreciar a alegria das crianças com as prendas que lhes ofereceram e a pacatez da refeição em família.

E não… não me venham dizer que é por ser uma altura especial e por gostarmos de presentear pessoas que nos são queridas… porque a maior parte das vezes só se dá prendas quando o calendário manda. E, curiosamente, as melhores prendas acabam por ser de pessoas que não esperávamos e muitas vezes nem são prendas (como elas mesmas dizem), mas lembranças (que valem ouro e nos fazem sentir realmente bem). São aquelas prendas que se percebem que foram dadas porque realmente gostam de nós e não por obrigação.

Este ano comprei casa e como o dinheiro não chega para tudo, foi obrigatório estabelecer prioridades. Como tal, avisei que desta vez não há prendas para ninguém e não me sinto minimamente infeliz com isso. Pelo contrário, até estou aliviada. Prefiro mil vezes presentear exactamente as mesmas pessoas noutra altura do ano, totalmente fora do convencional, só porque sim. Porque gosto delas. Porque merecem.  

E já que se fala de Natal, ainda nem as decorações natalícias pus cá em casa. E nem isso punha, não fosse o facto de os pais de parte a parte darem valor a essa tradição. Esta febre natalícia passa-me completamente ao lado e a única prenda de Natal que se vai dar na noite de consoada é precisamente a ceia de Natal aos nossos pais, que já tantas ceias de Natal prepararam para nós.

Vai ser um Natal perfeito? Não, claro que não! Falta-me tanto para ser o Natal dos meus sonhos. Mas pelo menos é um Natal onde não nos perdemos na contemplação do que é fútil e não enriquece ninguém.

Quero mesmo é que cheguem os saldos, a 26 de Dezembro. Lol. Futilidade ou não, há coisas que preciso mesmo de comprar e onde não vou gastar dinheiro agora podendo comprá-las a metade do preço pouco tempo depois. E com a poupança que se faz guardar o dinheiro para miminhos dados a pessoas especiais, oferecidos fora do contexto das ocasiões obrigatórias. E os verdadeiros mimos muitas vezes nem sequer custam dinheiro dinheiro nenhum...

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Então para que é que perguntas???

Saída do trabalho, mais ou menos a meio da viagem de regresso a casa pus os aparelhos (ainda não os suporto muito bem no metro) e, como tal, apercebia-me das conversas à minha volta.
Atrás de mim – no autocarro – sentaram-se duas raparigas que, pelos vistos, já não se viam há algum tempo. Percebi que uma delas estava a contar as novidades. Falava, falava… e a outra participava na conversa… ouvindo, dialogando… mas não contava nada dela própria.

Passado algum tempo, a rapariga que não parava de falar lá se deve ter apercebido que a outra ainda nada tinha dito que não fosse a continuação da conversa dela mesma e perguntou-lhe:

- Então e olha lá… novidades?
- Olha, eu tou a tirar a carta… Quero ver se a despacho antes de começarem as frequências, senão é tudo junto…
- Ai, eu com as frequências preocupo-me na altura… Para já, até ao Natal nem vou pensar nisso. Vou às aulas (blá blá….) E a tua mãe? Está boa?
- Pois… uns dias melhor outros dias pior. Às vezes olho para ela e vejo-a com tão má cara que fico preocupada. Pode ser só cansaço…
- Ah! Por falar em má cara… Tu sabes quem é que encontrei no outro dia?

Bom… deu-me uma vontade tão grande de me virar para trás e dizer “Mas para que raio é que perguntas se nem estás interessada em ouvir???”

Limitei-me a tirar os aparelhos e desliguei dali. Mergulhei nos meus pensamentos e lembrei-me que uma vez isso também já me aconteceu. Numa saída à noite com amigas minhas, em que ainda estivemos umas horas a conversar, várias vezes me fizeram algumas perguntas e precisamente quando eu começava a desabafar, cortavam-me a palavra.

(Um parentêsis: quem já convive comigo há uns anos sabe que, em conversas de grupo, normalmente ouço muito mais do que falo. Primeiro, porque não gosto de falar sobre mim… depois porque ou estou concentrada a ouvir ou concentrada a falar sobre o que me vai na alma e corta-me um pouco o raciocinio só o facto de pensar que tenho de estar atenta à possibilidade de entretanto alguém fazer-me alguma pergunta e eu não ouvir).

Mas bom… naquele dia eu estava a precisar de desabafar! Era uma conversa de mulheres, amigas de faculdade que já se conhecem há anos e na altura pensei “Elas já me conhecem há tantos anos, porque não desabafar com elas?”… Mas nunca, por uma só vez, foram capazes de me ouvir, do princípio ao fim, sem me interromper uma vez que fosse. E depois ainda me diziam “Ah, estás muito caladinha…”… Pudera! Faziam-me as perguntas e nem me deixavam responder! Como é que queriam que eu falasse?

Nessa noite cheguei tardíssimo a casa e no dia a seguir fui trabalhar. Não me arrependi de as ter ouvido durante aquelas horas todas, mas aprendi uma lição: uma pessoa que não é capaz de nos perguntar se está tudo bem e ficar para ouvir a resposta nunca será uma pessoa com quem se possa conversar. Foi a primeira e última vez que isso me aconteceu.

Outra lição que não aprendi, já sabia... mas confirmei: não interessa há quanto tempo se conhecem as pessoas. Normalmente preciso de anos (não estou a exagerar) para ganhar plena confiança em alguém mas.. curiosamente, algumas das pessoas com quem me sinto à vontade para desabafar (algumas sabem mesmo tudo o que há para saber de mim.. pelo menos dentro daquilo que eu própria também sei… lol) são amigos mais recentes… No entanto, tenho a certeza que se aperceberem, nas raras vezes em que sinto essa necessidade, que eu preciso de desabafar, sentam-se e ouvem-me com atenção. Sem penas, sem pressas, sem bocejos pelo meio, dialogando comigo mostrando que estão atentos e que dão importância ao que estou a dizer e a sentir.

Fiquei triste pela  rapariga que ia atrás de mim no autocarro, a aturar um diálogo que na verdade era um monólogo. Mas acho que devia ter era pena da rapariga que não a deixava falar. Não compreendo como não se apercebem do que fazem. Ou então apercebem-se... mas não querem saber.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Cada vez menos me reencontro...

Sempre tive grande facilidade em descrever sentimentos. Maus, bons, alegres, tristes, de concordância ou revolta… mas muito rara foi a vez, nos blogs que tive e tenho, que não consegui transmitir exactamente o que sentia.

Neste blog, ao qual qualquer um consegue aceder, há sempre assuntos sobre os quais nunca poderei desabafar. Outros servirão o seu propósito… mas mesmo nesses… reparo que a relutância em transcrever o que me queima a alma é cada vez maior. Mesmo abrindo uma  folha Word no PC ou pegando em papel e caneta… Tanta coisa que me transborda na alma e simplesmente não sai.

Perante uma folha em branco sinto-me fria, e eu não era assim. Chorava, ria, amava, brincava, dedicava testamentos a amigos, tudo em forma de palavras que me brotavam directamente do coração. Hoje ainda o faço… meia-dúzia de palavras bonitas, igualmente sinceras, dedicadas em ocasiões especiais, mas não com a força do antigamente.

Continuo capaz de gestos carinhosos, palavras honestas e sentimentos genuínos de amizade e partilha… mas não com a espontaneidade e intensidade que sempre me foram características.

“Linda”, “fofinho”, “amiguinho”, “sonhos lindos como tu”, são palavras / expressões cada vez mais raras no meu léxico diário. Tirando raríssimas excepções, perante todas as outras pessoas parece que me custam a sair…. e eu não gosto menos delas do que gostava, para sentir hoje uma dificuldade que nunca antes tive.

Sinto falta dos abraços generosos, das mãos apertadas por breves instantes num código secreto de carinho, dos sorrisos simples de boas-vindas que conseguia dar só porque sim, das pequenas surpresas e mimos preparadas para os amigos só para os ver sorrir porque essa sim… essa é a minha maneira de ser, é essa espontaneidade simples que me faz sentir feliz.

Hoje dou por mim (algumas vezes, não sempre), a pensar duas vezes antes de fazer um gesto bonito… até mesmo com pessoas com quem sempre os tive. Não porque goste menos delas… não porque não haja outras também que mereçam que eu seja assim… mas… acontece.

E pergunto-me… desde quando sou pessoa para conter um abraço? Para não enviar uma mensagem a dizer “adoro-te” sem que uma data qualquer especial a isso obrigue? Não oferecer uma flor a uma amiga só porque me lembrei? Ou desenhar umas bonecadas bem dispostas num pedacinho de papel e entregar ao colega ao lado só para trazer algo um pouquinho inesperado à sua rotina?

Gosto de ser carinhosa, mas sinto que cada dia que passa sou cada vez menos. E não quero! Não quero tornar-me impermeável aos sentimentos bons que sempre habitaram em mim.

Mas às vezes sinto… e cada vez com mais frequência… que a pouco e pouco eles estão a morrer dentro de mim. Não sou bonita por fora mas é o tornar-me feia por dentro que me preocupa.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tenho-me perguntado...

Como é que alguém como tu pode ser tão mal-amado?

Questiono-me e não encontro uma resposta que só tu podes ter ou pelo menos não sou eu quem a pode dar…

Não gosto de te ver, de te sentir assim… e custa-me nada poder fazer para te ajudar.

Resta-me desejar, do fundo do meu coração, que um dia encontres no teu a paz que mereces.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Help me... pleeeeeease...


Já fiquei neste estado ao procurar a documentação de apoio para a CPCJ… Prevejo que para a Câmara Municipal de Oeiras só não aconteça o mesmo se não conseguir encontrar metade do que eles pedem.
É que pelos vistos não sou a única com dificuldades em aceder à bibliografia que pedem!
Bem… respirar fundo e nunca parar de procurar. Às tantas hei-de encontrar!
E sim… descansem… o que conseguir encontrar (que espero que seja TUDO) irá bem mais organizado do que a foto promete:) Lol.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Casamento Gay... e então?

Pouca importância tenho dado à celeuma que se tem gerado à volta da pretensão de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Faz-me alguma confusão – admito – que se possa gostar de outra pessoa do mesmo sexo que nós. Mas… lá porque eu não gosto… não quer dizer que outros não gostem ou… pior ainda… não lhes permitam esse direito! Se não afecta em nada o meu dia-a-dia, não me prejudica, não me lesa … porque é que me hei-de importar com o casamento gay???

Preocupo-me sim com o dinheiro da segurança social mal empregue… com o enriquecimento dos bancos à nossa custa… com os professores que se recusam a ser avaliados… com o aumento da criminalidade…  

Agora com o casamento gay???

Vivam e deixem viver! Lá porque não se concorda não podemos impor aos outros os nossos gostos, a nossa mentalidade. Há que aceitar a diferença, não impormos os nossos códigos morais a quem nos rodeia (até porque quem muito os apregoa por vezes até é quem mais falha). Não estamos a falar de pessoas que matam, que roubam, que violam… Estamos a falar de pessoas que simplesmente (embora reconheça que não é assim tão simples), mas vá… “simplesmente” escolheram casar com alguém do mesmo sexo. Ao contrário do que parece, não é crime nenhum.

É estranho e contranatura? Há quem diga que sim.

É escandaloso? Talvez.

Estamos preparados para essa mudança de mentalidades? Provavelmente não.

Esta lei – a existir – passa a funcionar exactamente como a lei do aborto. Não obriga ninguém a fazer o quer que seja, mas permite a possibilidade a quem quiser optar por ela. Que direito temos nós de limitar os direitos dos outros?

O que me revolta é - agora que se este tema dito fracturante vem a baila - verificar que uma das desculpas que se ouvem por aí é que há coisas bem mais importantes para o Governo se preocupar: educação, saúde, justiça, segurança social.

E a verdade é que sim, que há!

Porém, há tempo e espaço para tudo e discutir um assunto não invalida que não se discutam os outros todos. Dá perfeitamente para falar de todos. Não é uma questão de tempo, é uma questão de vontade… política e não só. Parece-me é que a maior parte das pessoas não quer discutir especificamente esse assunto, muito provavelmente por não concordar com ele.

E se não tivéssemos todas as outras prioridades? Alguma desculpa alternativa haveriam de arranjar…

Dizem também que “só” 800 e tal pessoas é que sairão a beneficiar com a esta lei. (Creio que até serão mais, já que nem todos se assumem). E depois? Não são 800 cidadãos como nós? Agora as minorias  (neste caso este não será exactamente o termo correcto), não têm o direito a ser contempladas na sua especificidade?

O casamento entre gays (e lésbicas, já agora), faz-me alguma confusão mas passa-me ao lado, porque na prática, no dia-a-dia, não prejudica ninguém e até permite a felicidade de alguns. E por isso… não me incomoda que este assunto esteja a ser discutido.

Incomoda-me, sim, é que ao mesmo tempo (e não em vez de…), não se discutam com a mesma veemência outros temas que, não sendo fracturantes ou não atentem contra a moralidade de ninguém, permitiriam a felicidade de todos. 

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Como mudar?

Estou a ponderar começar a ir pessoalmente às instituições apresentar propostas de intervenção, projectos específicos para aquela IPSS. Basicamente, vou pedir emprego mas com algumas propostas já em carteira, para não ser pedinchar…

É uma abordagem diferente, muito diferente da que tenho tido até agora. Uma coisa é enviar cv’s pelo correio… outra coisa é ir bater directamente à porta das instituições e tentar falar com o director ou o coordenador da mesma.  É uma postura mais pró-activa, que desconfio que me vá trazer alguns dissabores… Acho que nunca usei com tanta propriedade uma expressão que desconfio que irei usar com regularidade: “bater com o nariz na porta”.

Para quem é da área (e mesmo para quem não é!), já sabe que esta mudança no método de procura de emprego implica muito mais investigação e preparação do que simplesmente ir aos correios e enviar 100 cartas de uma só vez (e acreditem… isso já dá muito trabalhinho…).

Mas não é isso que me preocupa.

O que me preocupa é que esta mudança na abordagem às instituições implica igualmente uma grande mudança em mim. Se analisarmos bem, vou vender o meu produto, que essencialmente… sou eu! Logo, tenho de confiar em mim! Tenho de saber chegar até quem manda, tenho que ser convincente, apresentar boas ideias, rebater os problemas que levantarem com soluções à altura, transmitir uma imagem segura e confiante!

E esse é o maior desafio de todos!!!

Porque embora hoje confie mais em mim do que confiava há uns anos (ou meses) atrás, ainda não confio o suficiente. Continuo a não me levar muito a sério. Continuo a dar prioridade aos problemas em vez de me focar nas soluções. Continuo a olhar para mim mesma como uma miúda a quem ninguém dá crédito em vez de uma mulher que está a chegar à melhor idade de todas para dar uma reviravolta na sua vida.

E a verdade é mesmo essa: estou numa idade boa para apresentar os meus próprios projectos. Tenho a maturidade que conquistei ao longo destes anos. Mas não vou muito mais longe se não evoluir mais do que isso.

Como passar das palavras para a acção e ter força suficiente para a sustentar no dia-a-dia?

Mas se não tentar sequer, nunca saberei… e como escrevi há uns posts atrás… não interessa o tempo que demoro… desde que chegue lá!

É bem feito... que é para eu aprender! :P

Ah pois é!…

Fui ontem ver o espectáculo do Pedro Tochas (o Palhaço Escultor), no Parque Mayer, ao ar livre, pela módica quantia de 5€ com oferta gratuita de uma chuvada que sim senhor!… Lol.

Bom, mas não é da chuvada que eu quero falar!

Quando me fizeram a proposta para ir ver o Pedro Tochas actuar… honestamente só aceitei pela companhia… por ser uma actividade diferente que envolvia o grupo da rambóia do costume:)

Isto porque pelo Pedro Tochas… Bem, a ideia que eu tinha dele resumia-se aos anúncios da Frize, o que é o mesmo que dizer que não é uma ideia nada abonatória dado que simplesmente NÃO os SUPORTO. PONTO. Portanto, fui para lá a pensar “Bem, estes cinco euros só vão valer a pena por estar com a malta” (embora isso já não seja pouco).

Olhem… enganei-me redondamente!!! Numa só palavra, e roubando a expressão a alguém… Genial!

Muito, muito bom!

Recomendo a quem esteja interessado e queira dar umas boas gargalhadas!

Afinal, como me aconselharam antes do espectáculo… “Não negues uma ciência que à partida desconheces”.

Foi um óptimo conselho! E o espectáculo até valeu mais do que os 5€… Mas vá… tendo em consideração que as condições climatéricas também não foram as melhores, acabou por ser um preço justo:)

Continuo a não gostar dos anúncios da Frize… lol… mas já fiquei com uma ideia bem mais simpática do Pedro Tochas e do seu trabalho.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O que mais custa é começar...

E não saber como vai correr ou terminar.

Tudo acontece por alguma razão, e geralmente só acontece quando estamos preparados para receber a mudança.

Por mais que me queixe do ambiente e do trabalho que tenho agora (nada a ver com Serviço Social), tenho de reconhecer que se hoje sei o que NÃO se deve fazer como profissional, muito o devo ao sítio onde estou. E se, apesar disso e mesmo assim, consegui evoluir positivamente (a pessoa que lá entrou há seis anos atrás não tem nada a ver com a profissional que está lá agora), então é porque, mesmo com maus professores e péssimos incentivos, tenho algo de bom dentro de mim que (em princípio) me tornará boa profissional em qualquer lado.

Não se trata apenas de conhecimentos técnicos… que são essenciais e obviamente imprescindíveis em qualquer função. Trata-se igualmente (ou talvez sobretudo) da postura no trabalho: o rigor, a pontualidade (pois, aqui falho um bocadinho.. lol), a preserverança, a persistência, a frontalidade, a honestidade profissional, o brio com que se trabalha, o saber estar e colaborar em equipa, a lealdade que se tem para com os colegas (sobretudo quando somos todos prejudicados pelos mesmos)… a resiliência.

E o que é a resiliência? É a nossa resistência emocional. Aquela que nos obriga a continuar quando queremos desistir, que não permite que quebremos os nossos valores, que nos mantém unidos em equipa, por mais que envidem esforços para a dividir. Que nos mantém de pé, em vez de nos deixar soçobrar.

Tudo isto… todas estas lições aprendi-as no sítio onde estou agora. Hoje tenho uma maturidade profissional que não tinha há uns anos atrás… e se calhar ainda bem que a ganhei assim, em vez de ter feito primeiro algumas asneiras como assistente social. Estou muito mais consciente e preparada agora do que estava quando acabei o curso e, embora acredite que isso acontece com 99,9% das pessoas (ninguém nasce ensinado e a faculdade nunca ensina tudo)… a verdade é que sempre senti que ainda era demasiado criança para assumir verdadeiras funções de responsabilidade.

Ainda hoje tenho medo delas, aliás… mas já as encaro de uma outra forma. Porque agora sei que começa a chegar a altura de as ter. Não que já não as tivesse e não as cumprisse… nada disso… simplesmente sinto-me mais apta para voos paulatinamente mais altos. É uma vontade que cresce à medida que eu cresço também.

Todas as profissões exigem responsabilidade, sim. No entanto, umas mais do que outras, e ser assistente social não é bem a mesma coisa do que cobrar prestações em atraso. Um erro como assistente social pode custar, em casos extremos, uma vida (quando se permite, por exemplo, que uma criança permaneça num lar onde é maltratada). Um erro a cobrar uma prestação, por mais grave que seja, nunca conseguirá ser tão grave assim.

Quem me conhece, sabe que tenho medo de muita coisa e que vou crescendo muito devagarinho… Às vezes parece que estou a ir bem e depois tropeço, caio, erro, desisto ou suspendo a luta.

Mas vou crescendo sempre… e também me vou convencendo que não interessa ter tudo hoje, no imediato. Interessa que, no fim, se alcance o que nos propusemos conseguir. Podemos demorar mais tempo (dias, meses, anos) do que todos os outros… mas se chegarmos ao destino que queríamos é porque, por alguma razão, tinhamos de demorar mais tempo a consegui-lo.

Sei bem o que quero, a todos os níveis da minha vida. E acredito que, mais tarde ou mais cedo, irei ter. Se não tiver é porque assim tinha de ser.

Para já - pedrinha a pedrinha – vou construindo o meu caminho. Nem sempre vou para o destino que quero, mas nunca fui daquelas pessoas que apanha a auto-estrada para ir directamente de Lisboa ao Porto. Sou mais do género daquelas que vira para o Algarve, vem pelo Alentejo acima, continua pela Beira Interior, faz uns zappings e quando chega a Aveiro desvia completamente para Trás-os-Montes. E se calhar quando já toda a gente está à espera que eu vá parar a Espanha, vou direitinha até ao Porto sem me perder:)


Quem disse que a vida tem de ser completamente linear?

E quem disse que os que arriscam muito pouco e aos bocadinhos, se persistirem nessas pequenas vitórias… não chegam aos mesmos lados de todos os outros? E com o mesmo sabor de vitória?

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Allô Allô?

Ontem não tive hipótese de ouvir a declaração do Presidente da República relativamente ao tão badalado tema das escutas. Acabei de a ler agora e ocorrem-me alguns pensamentos:

  1. Em momento algum o PR confirma ou desmente (claramente!) se efectivamente houve escutas ou não. Ou seja, a dúvida permanece;
  2. Ao longo da sua declaração, para além de não cessar com a dúvida principal, ainda alimenta outras, lançando suspeitas sobre terceiros sem apresentar qualquer prova do que afirma;
  3. Refugia-se sempre na sua leitura pessoal, quando de um PR se esperam factos e não opiniões… pelo menos em declarações oficiais. Isto é, oficialmente não diz nada, mas a título pessoal lá vai lançando as suas farpas (mais uma vez, sem qualquer prova concreta do que diz).
  4. Não tem qualquer indicação que o seu assessor seja efectivamente culpado… mas despede-o na mesma! Supostamente para terminar com o clima de desconfiança. Quer dizer, Cavaco Silva sempre se quis distinguir pelo seu sentido de justiça, rigor e imparcialidade… e vai contra tudo isso ao despedir um suposto inocente? Talvez não seja assim tão inocente, não?
  5. Cavaco afirma também que o tentaram colar ao PSD e que não quis interferir nas eleições. Se ele não quisesse realmente interferir na campanha, tinha tomado as devidas providências e acabado com a fantochada logo no início dela! Mas não o fez, o que me leva a crer que tentou prejudicar o PS, esperando que perdesse votos pelo clima de desconfiança entretanto gerado (não que já não houvesse motivos para não se votar PS, mas sempre era mais um e o Zé Povinho até acredita em quase tudo o que lhe conta…);.
  6. Não faria sentido nenhum terem sido elementos do Governo a inventar esta história toda, a não ser que fosse alguém que quisesse muito mal a Sócrates (e aí a vítima não é o PR, como ele bem tenta mostrar que é), mas sim o nosso reeleito PM;
  7. Se fosse efectivamente verdade, e assegurando o PR que está cá sempre para assegurar os superiores interesses de Portugal, por essa lógica, o superior interesse de Portugal era saber que realmente existiram escutas antes de se arriscar eleger um governo que não merecesse os nossos votos. Todavia, em momento algum, alguma vez foi claramente confirmado que realmente houve escutas nem nunca se mencionaram nomes concretos de culpados. E ainda hoje, na verdade, continuamos a saber exactamente o mesmo.
  8. Só agora é que o PR se apercebeu que podem aceder ao seu PC? Hackers, nunca ouviu falar? Piratas informáticos? Até eu, que sou um zero à esquerda em assuntos de informática (e não tenho conselheiros à minha volta), sei disso… não haveria o PR, ou alguém por ele, saber? Please…
  9. Manipulação, crime… quanto dramatismo, meu Deus… Mais parece que está a tentar tornar a coisa pior do que é, o que me leva a crer que afinal não é coisa nenhuma;
  10. Declaração unilateral: Eu falo, digo o que me apetece, lanço as minhas desconfianças e de fininho me vou, para não me fazerem perguntas em cuja resposta me possa engasgar… Parece-me bem! (ironic mood).

Portanto, basicamente tenho para mim que tudo isto não passou de uma fantochada, muito mal contada e sobretudo muito mal esclarecida. Mais depressa acredito que seja uma invenção nascida em Belém do que um facto ocorrido a partir de S. Bento.


E para que não restem dúvidas, apesar de ser tendencialmente socialista, não estou a tomar partido de ninguém.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Sensacionalismos à parte...

… Mesmo que o senhor tivesse morrido por causa da Gripe A, seria acontecimento para ser avidamente explorado pela Comunicação Social?

Sim, já se sabe que se aproxima uma pandemia… Sim, já se sabe que temos de nos prevenir… Sim, já se sabe que provavelmente metade do país (e devo estar a fazer as contas por baixo) irá à cama à conta do surto desta gripe (e da outra que entretanto não vai tirar férias só por causa da concorrência)… Já se sabe que nestas situações todo o cuidado é pouco e… meus amigos… não é novidade nenhuma… por mais insensível que isto possa parecer… irá sempre haver pessoas que não irão sobreviver.

Contudo, é preciso que se saiba também que se morre muito menos por causa da Gripe A do que por causa da gripe “normal” e que as mortes que eventualmente irão acontecer, além de não serem tantas como a Comunicação Social quase está desejosa que sejam, não vão ocorrrer só porque se apanhou o vírus! Depende muito mais do sistema imunitário dos contaminados do que do vírus propriamente dito!

Mesmo quem já estiver fragilizado por outra doença qualquer prévia ao contágio da Gripe A terá menos hipóteses mas não está – à partida e desde já - condenado!

Não percebo que jornalismo é este que vive à conta do sensacionalismo, explora dramas e exagera situações que não estão nem de perto nem de longe de atingirem as proporções noticiadas. Quase que dá a impressão que estavam de caneta em riste, dedinhos mortinhos que morresse a primeira pessoa com Gripe A para poderem publicar a notícia em letras garrafais, quase em tom de euforia por finalmente ter morrido o primeiro.

Para quem procurou saber os factos como eles realmente são, o senhor que morreu tinha uma infecção bacteriana disseminada, que teve origem abdominal e tinha feito um transplante renal há 15 anos. Tinha estado recentemente internado devido a uma peritonite e veio passar férias a Portugal depois de ter tido alta num hospital francês. Com ou sem Gripe A, provavelmente o destino do senhor seria o mesmo.

Precisamos de um tratamento jornalístico que sirva a sua função: informar, esclarecer… não a vender jornais à conta de alarmismos e falsas notícias.

Claro está… tão culpado é quem publica como quem lê. O negócio não existe sem haver comprador. Mas de determinadas publicações (que não o Correio da Manhã, o Sol e o 24 Horas), espero outra isenção e outro rigor.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sonhos (ainda não) realizados...

Hoje mais uma colega foi embora... Teve uma boa oportunidade que não quis desperdiçar. Investiu num curso, investiu num caminho, não o estava a seguir mas encontrou-o e não o quis perder! E fez muito bem!

Fiquei contente por ela, porque sei por experiência própria o que é tirar um curso e não exercer na nossa área.

Teve sorte? Sim, muita! Mas também fez por o merecer. Não desistiu, não desanimou... e agora vai continuar num caminho que terá concerteza os seus defeitos, mas é sem dúvida muito melhor do que aquele que partilhou connosco durante os dois ou três anos em que trabalhámos juntas.

Por vezes acordo de noite a pensar que, com 30 anos e o curso acabado há 6 anos, já pouca esperança me resta de um dia trabalhar como Assistente Social. Nem as duas hipóteses de cunha que tive surtiram qualquer efeito...

No entanto, quando me levanto de manhã - às vezes de olhos cansados por as preocupações mal me terem deixado dormir - lavo a cara, ponho um sorriso e digo para mim mesma que se lutar e acreditar muito, o meu dia chegará.

E sonho... sonho com o dia em que ligarei à minha mãe e lhe darei a boa notícia que arranjei trabalho na área. Em que entregarei a minha carta de demissão. Em que deixarei um trabalho que em nada contribui para o meu futuro a não ser não me deixar morrer de fome no presente. Em que passarei a exercer uma função que me deixa realmente feliz porque de alguma forma me permite melhorar um pouco a vida de quem me rodeia.

Há dias em que a esperança bate no fundo... mas não posso desanimar! Não sei se me estou a iludir ou se faço bem em continuar a acreditar.

Sei que tenho capacidades para mais e faço o que posso no dia-a-dia para manter o profissionalismo num sítio onde não o reconhecem e para encontrar um outro sítio onde ele seja reconhecido.. ou pelo menos a fazer o que gosto e a contribuir para melhorar a vida de alguém.

Esta minha colega já encontrou o prémio do seu esforço, e eu fico feliz por ela! No entanto… no meu íntimo… pergunto a mim mesma… Quando chegará a minha vez?...

A Idade da Inocência.. (não) perdida

Já foi notícia há algum tempo, mas como refilo tantas vezes contra o que de mau se faz neste cantinho à beira-mar plantado que mais parece a República das Bananas do que um país como deve ser, que não posso deixar de destacar uma boa notícia quando ela aparece.


Passa a ser obrigatório apresentar o registo criminal para candidatos a trabalhos com menores. 


Acho muito bem! Finalmente uma medida sensata capaz de gerar concórdia e - caso seja bem aplicada e devidamente fiscalizada - protege um pouco mais as crianças portuguesas. 


Parece que a iniciativa não partiu propriamente de Portugal, foi antes promulgada no âmbito de uma Convenção a nível europeu (lá está, não há bela sem senão), mas nas boas medidas não interessa de onde parte a iniciativa... interessa os benefícios que traz.


É certo que esta lei não vai proteger os nossos pequenos infantes de todo o mal nem de todas as pessoas, mas é sem dúvida uma lei sensata que os protegerá um pouco mais.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

"Vão sem mim que eu vou lá ter..."

Eleições à porta, é necessário decidir em quem votar! 

A escolha partidária (dentro da simplicidade apenas aparente da Esquerda e da Direita) é múltipla, e este ano até temos novos partidos: o MEP - Movimento Esperança Portugal - e o MMS - Movimento Mérito e Sociedade. 

Interpreto a existência destes dois novos partidos como o exercício livre da democracia, em que qualquer cidadão é livre de criar um partido que seja mais uma alternativa para o país.

Por outro lado, interpreto também como a manifestação de descontentamento em relação aos partidos que já existem. Se há necessidade de fundar uma alternativa é porque as que temos de algum modo não respondem às necessidades dos eleitores e do País.

E a verdade é que não temos nenhum partido a quem possamos confiar - descansados - o destino de Portugal. 


A questão estruturante que verdadeiramente me preocupa nem é tanto o que muito se fala: TGV,  Ota ou a reforma da Segurança Social. 

É o facto de - e essa é que é a grande verdade - os nossos políticos quererem apenas saber do seu próprio futuro, assegurar uma boa reforma e viver bem no país que dia-dia destroem quando deviam contribuir para o seu crescimento.

É impossível haver um governo que agrade a todos os sectores! Haverá sempre lobbys, haverá sempre descontentes e inevitavelmente haverá sempre alguém prejudicado. Mas pelo menos, com políticos de boa-fé, poderíamos confiar que as decisões que fossem tomadas seriam reformas e investimentos no superior interesse do País. Votar em quem já sabemos à partida que não se preocupa connosco é um direito que nos deixa um travo na boca. Votamos porque quem se abstém demite-se da sua responsabilidade de cidadão, mas votamos sabendo que a importância do nosso voto apenas se traduz, para quem recebe os votos, em assegurar a sua reforma principesca no futuro. 

E assim nos vamos enterrando. Se calhar não tanto por responsabilidade de quem nos governa, mas mais por culpa de quem é governado. Todos nos revoltamos, maldizemos e queixamos mas na hora da verdade... cantam bem os Deolinda... "Agora não, que eu tenho mais que fazer..."

Pois...

"Mais um blog, que é para depois não escreveres nada, como de costume, não é? Pois claro! Está-se meeeeeesmo a ver!!!"

Verdade seja dita, já nem eu levo as minhas tentativas de blog a sério... Lol. Nem tudo o que sinto pode ser exposto em público nem tudo o que penso tenho paciência (sorte a vossa!) para dissertar o assunto e assim ir mantendo um blog activo. O que não deixa de ser relativamente injusto, uma vez que sou seguidora diária de meia-dúzia de blogs que já fazem parte da minha rotina e devo ser das primeiras a refilar quando não vejo actualizações:)

Mas bom... ninguém é perfeito e na imperfeição deste cantinho e de quem nele escreve, só quero que saibam que escrevo porque gosto de partilhar um pouco do meu mundo e que leio porque gosto de conhecer o mundo de quem me rodeia. 

Este é apenas mais um blog no imenso mundo da blogosfera. Nada o privilegia dos demais, tal como nada distingue a dona dele das dezenas de pessoas com que se cruzam no dia-a-dia. 

Com o tempo talvez alguma coisa o distinga aos vossos olhos, mas isso nada terá a ver com o facto de ser melhor ou pior que os outros blogs. Terá a ver com o facto de os blogs, tal como as pessoas, poderem ter algo com que nos identificamos ou simpatizamos e por isso, de certa forma, nos sintamos em casa quando visitamos o blog de alguém.

Introdução feita... A porta está aberta a quem quiser entrar:)


Desejo as boas vindas a quem chegar!