quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Vida boa ou boa vida...

Tenho para mim - e faço por não o esquecer – um conceito básico de vida: passamos de bestiais a bestas num instantinho. E por isso não adianta ficarmos radiantes quando sentimos que alguma coisa (pelo menos alguma coisa) nos está a correr bem (ou menos mal).
Não há nada como manter os pés bem assentes na terra. Em tempos maus manter a esperança. Em tempos bons manter a humildade.
E em todas as alturas darmos o nosso melhor em tudo o que fazemos. Porque dar o nosso melhor nem sempre é apenas cumprir aquilo que nos pedem. É estarmos disponíveis para superar expectativas. É sermos exigentes connosco próprios. É não só cumprir o horário (do trabalho, do voluntariado, do desporto que praticamos).. mas também, nesse horário, procurar fazer o que se faz da maneira mais perfeita possível. Porque se se faz apenas por fazer… então mais vale ficar quieto.
Vivemos num país em que se espera tudo de mão beijada. Quer-se um bom ordenado sem se trabalhar muito. Quer-se um corpo sem celulite sem se fazer o esforço de ter uma alimentação adequada. Quer-se fazer as mesmas viagens que a prima do primo do marido faz sem se arranjar aquele part-time extra que ao fim de três ou quatro meses nos pagava a viagem e ainda sobravam um trocados. Quer-se a posição dos outros, muitas vezes sem saber (ou esforçar-se por saber) o que penaram para lá chegar ou penam para a manter.
Quer-se tudo, mas no fundo no fundo, não se faz tudo o que se pode para se ter tudo o que se quer.
Nem todos podemos ser ricos, bonitos e ter a vida facilitada, sobretudo se não tivermos o famoso factor C (sim, temos um país com C grande, onde muitas vezes não se premeia o mérito mas sim a cunha).
Mas talvez seja boa ideia… em vez de olharmos para o que os outros têm, são ou fazem… olhássemos mais para o que podemos nós fazer para conseguir o mesmo. E de forma justa.. isto é, pelo nosso esforço, não à custa de denegrir a imagem do outro.
No meu dia-a-dia procuro dar o meu melhor, não para me destacar mas porque gosto de fazer as coisas bem feitas. Há campos onde falho redondamente. Sei que podia ser melhor namorada ou melhor filha… mas também tenho a decência de não “invejar” os namorados ou os pais dos outros. Por um motivo tão simples quanto este: acabo por ter o que mereço.
Mas noutras tantas coisas procuro ser o melhor que posso: na amizade, no trabalho, no voluntariado.
É importante que se tenha em conta que muitas vezes recebemos o que chamamos para nós mesmos.
Também pode acontecer portarmo-nos de forma exemplar e não sermos retribuídos por isso. E termos de mudar de rumo (seja o que for que cada um entenda por rumo) porque se chegou a uma situação limite em que já mais nada se pode fazer senão escolher outro caminho.
Mas… e essa é uma conclusão cuja veracidade comprovo cada vez mais… quando não somos retribuídos como esperamos… a nossa maior recompensa é a consciência tranquila por termos dado o nosso melhor. Sabermos que não havia rigorosamente mais nada que pudessemos ter feito. Aceitarmos tudo o que de bom acontece de forma humilde. Encarar o que de mau nos acontece com espírito de luta. E sobretudo deixarmos a vida dos outros em paz. Se queremos o mesmo… façamos por isso. Nem tudo o que nos acontece é da nossa responsabilidade. Mas tudo o que fazemos para combater o imprevisto ou o inevitável e para melhorar a nossa vida… é! E é aí que se distinguem os que lutam para terem uma vida boa dos que reclamam por não terem uma boa vida!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Lindo!!!

"Uma moça escreveu um email para uma revista financeira pedindo dicas sobre "como arrumar um marido rico". Contudo, mais inacreditável que o "pedido" da moça, foi a disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem. Vale a pena ler.

Mensagem/email da MOÇA:
Sou uma garota linda (maravilhosamente linda) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe.
Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano.
Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site?
Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas?
Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West.
Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente.
Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela?"(Rafaela)

Mensagem/resposta do RAPAZ:
Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação.
Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo à toa...
Isto posto, considero os fatos da seguinte forma: Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio.
Eis o porquê: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas : Você entra com sua beleza física e eu entro com o dinheiro.
Mas tem um problema.
Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando.
Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu sou um ativo rendendo dividendos.
E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta!
Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano.
E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco.
Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada.
Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece...
Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo!
Mas alugá-la, sim!
Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar.
Cogitar...Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio...podemos marcar?"

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Não deixes para o próximo mês o que podes fazer no fim deste:)



E é assim que, no final deste mês, vou - juntamente com um grupo de colegas de trabalho – experimentar japonês. Já andava há muito tempo a falar nisso e em conversa, a ideia formou-se. Não faço a mínima ideia se vou gostar ou não… se vou sair do restaurante bem servida ou com fome.. se vai sair caro ou barato.

Só sei é que é sempre bom experimentar coisas novas.

E dia 27 vou experimentar comida japonesa! :)

Ponto Azul Claro...



"Observe o ponto uma vez mais. É aqui. É a nossa casa. Somos nós. Nele vivem ou viveram todas as pessoas que ama, todas as pessoas que conhece, todas as pessoas de que ouviu falar, todos os seres humanos que alguma vez existiram.
A conjunção da nossa alegria e do nosso sofrimento, milhares de religiões confiantes, ideologias e doutrinas económicas, todos os caçadores e recolectores, todos os heróis e cobardes, todos os criadores e destruidores da civilização, todos os reis e camponeses, todos os jovens casais apaixonados, todas as mães e pais, crianças esperançadas, inventores e exploradores, todos os professores de moral, todos os políticos corruptos, todas as «superestrelas», todos os «líderes supremos», todos os santos e pecadores da história da nossa espécie viveram lá – numa partícula de poeira suspensa num raio solar."
Carl Sagan, O Ponto Azul-Claro

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

...



"O meu único desejo é conversar. Conversar com alguém que ainda saiba sorrir."

domingo, 3 de janeiro de 2010

Pequenas (grandes) resoluções de Ano Novo...

Este ano decidi não fazer grandes resoluções. Não vale a pena mesmo, já que no fim do ano vemos que metade das coisas ou não concretizam ou não correm como queremos. Vou fazer apenas pequenas resoluções que sei que posso cumprir. Decisões simples mas que também nos constroem, nos suportam.

  • Cuidar mais de mim – reservar todos os dias meia-hora só para mim, para fazer aquilo que qualquer mulher deve fazer. Nada de especial, apenas cuidados essenciais que habitualmente descuro mas que são importantes (creme de dia, creme de noite, blá blá… mas sem exageros…lol);
  • Melhorar a alimentação – já começou em 2009… em 2010 é para continuar. Não saltar refeições, apostar nas frutas e nas verduras, variar a alimentação… e, para além de melhorar a qualidade, aumentar a quantidade (sim, sou um verdadeiro pisco a comer);
  • Cozinhar mais vezes – precisamente para variar a alimentação… e também porque estou com vontade de evoluir no campo da culinária;
  • Começar a beber 1,5l de água por dia – é desnecessário explicar os benefícios;
  • Fazer exercício físico – não num ginásio, porque comigo isso é deitar dinheiro à rua, mas exercícios simples como alguns localizados que se podem fazer em casa, caminhadas e aproveitar um circuito que existe perto de casa;
  • Continuar a procurar trabalho na minha área – já é um desejo tão habitual em cada novo ano que dispensa pormenores;
  • Adoptar um gatinho – já está encaminhado;
  • Por fim (mas não menos importante), viver um dia de cada vez.

Relendo o que escrevi, não parecem grandes planos. À semelhança de todos vós, tenho a esperança que o ano de 2010 seja um ano em grande. Mas também é um ano onde entro com muito menos expectativas do que entrei em 2009. Umas porque o próprio decurso de 2009 impossibilitou e por isso não existem mais, outras porque a cada ano que passa e não se concretizam acabam por nos tornar menos crentes.

A soma de tudo tornou-me muito mais cautelosa, mais fria (só quem sabe tudo de mim pode compreender o alcance da frieza, porque no dia a dia e para os amigos de sempre a frieza não se nota, pelo menos nem sempre ou nem por todos), menos crente em determinados sentimentos. Mas no fundo no fundo… também desejo que 2010 seja um grande ano. As melhores coisas acontecem sem se esperar… e para começar uma feliz mudança profissional calhava bem:P

De resto… saúde para mim e para os meus (amigos, familiares) e este pedido por si só já encerra muita coisa boa:)

Que 2010 seja um excelente ano para todos vós e que tudo o que ambicionam se concretize!