Eleições à porta, é necessário decidir em quem votar!
A escolha partidária (dentro da simplicidade apenas aparente da Esquerda e da Direita) é múltipla, e este ano até temos novos partidos: o MEP - Movimento Esperança Portugal - e o MMS - Movimento Mérito e Sociedade.
Interpreto a existência destes dois novos partidos como o exercício livre da democracia, em que qualquer cidadão é livre de criar um partido que seja mais uma alternativa para o país.
Por outro lado, interpreto também como a manifestação de descontentamento em relação aos partidos que já existem. Se há necessidade de fundar uma alternativa é porque as que temos de algum modo não respondem às necessidades dos eleitores e do País.
E a verdade é que não temos nenhum partido a quem possamos confiar - descansados - o destino de Portugal.
A questão estruturante que verdadeiramente me preocupa nem é tanto o que muito se fala: TGV, Ota ou a reforma da Segurança Social.
A questão estruturante que verdadeiramente me preocupa nem é tanto o que muito se fala: TGV, Ota ou a reforma da Segurança Social.
É o facto de - e essa é que é a grande verdade - os nossos políticos quererem apenas saber do seu próprio futuro, assegurar uma boa reforma e viver bem no país que dia-dia destroem quando deviam contribuir para o seu crescimento.
É impossível haver um governo que agrade a todos os sectores! Haverá sempre lobbys, haverá sempre descontentes e inevitavelmente haverá sempre alguém prejudicado. Mas pelo menos, com políticos de boa-fé, poderíamos confiar que as decisões que fossem tomadas seriam reformas e investimentos no superior interesse do País. Votar em quem já sabemos à partida que não se preocupa connosco é um direito que nos deixa um travo na boca. Votamos porque quem se abstém demite-se da sua responsabilidade de cidadão, mas votamos sabendo que a importância do nosso voto apenas se traduz, para quem recebe os votos, em assegurar a sua reforma principesca no futuro.
E assim nos vamos enterrando. Se calhar não tanto por responsabilidade de quem nos governa, mas mais por culpa de quem é governado. Todos nos revoltamos, maldizemos e queixamos mas na hora da verdade... cantam bem os Deolinda... "Agora não, que eu tenho mais que fazer..."
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