Estou a ponderar começar a ir pessoalmente às instituições apresentar propostas de intervenção, projectos específicos para aquela IPSS. Basicamente, vou pedir emprego mas com algumas propostas já em carteira, para não ser pedinchar…
É uma abordagem diferente, muito diferente da que tenho tido até agora. Uma coisa é enviar cv’s pelo correio… outra coisa é ir bater directamente à porta das instituições e tentar falar com o director ou o coordenador da mesma. É uma postura mais pró-activa, que desconfio que me vá trazer alguns dissabores… Acho que nunca usei com tanta propriedade uma expressão que desconfio que irei usar com regularidade: “bater com o nariz na porta”.
Para quem é da área (e mesmo para quem não é!), já sabe que esta mudança no método de procura de emprego implica muito mais investigação e preparação do que simplesmente ir aos correios e enviar 100 cartas de uma só vez (e acreditem… isso já dá muito trabalhinho…).
Mas não é isso que me preocupa.
O que me preocupa é que esta mudança na abordagem às instituições implica igualmente uma grande mudança em mim. Se analisarmos bem, vou vender o meu produto, que essencialmente… sou eu! Logo, tenho de confiar em mim! Tenho de saber chegar até quem manda, tenho que ser convincente, apresentar boas ideias, rebater os problemas que levantarem com soluções à altura, transmitir uma imagem segura e confiante!
E esse é o maior desafio de todos!!!
Porque embora hoje confie mais em mim do que confiava há uns anos (ou meses) atrás, ainda não confio o suficiente. Continuo a não me levar muito a sério. Continuo a dar prioridade aos problemas em vez de me focar nas soluções. Continuo a olhar para mim mesma como uma miúda a quem ninguém dá crédito em vez de uma mulher que está a chegar à melhor idade de todas para dar uma reviravolta na sua vida.
E a verdade é mesmo essa: estou numa idade boa para apresentar os meus próprios projectos. Tenho a maturidade que conquistei ao longo destes anos. Mas não vou muito mais longe se não evoluir mais do que isso.
Como passar das palavras para a acção e ter força suficiente para a sustentar no dia-a-dia?
Mas se não tentar sequer, nunca saberei… e como escrevi há uns posts atrás… não interessa o tempo que demoro… desde que chegue lá!